Este mesmo estudo da WRI e a RRI (Rights and Resources Initiative) chegou à conclusão que apenas as Aldeias com pleno poder administrativo sobre suas terras conseguiram ter estes resultados. Então será que se a Reserva, entre a Barra da Tijuca e o Recreio, fossem ocupadas por povos indígenas, quem sabe não teriam se livrado de se tornar um Golfe Olímpico (e futuramente condomínio e resort)? Como o próprio estudo conclui, reservas ecológicas e terras indígenas sem gestão própria não obtém o mesmo resultado.
Desde 2004 o Brasil vem reduzindo sua taxa de desmatamento em 70% por ano graças as ações do SIPAM. Sua monitoração e mapeamento são feitas por aviões, drones e satélites Japoneses equipados com radares de última geração, que supervisionam a Amazônia até à noite. Em 2009, durante a Conferência de Copenhague, o Brasil se comprometeu a reduzir seu desmatamento em 65% até 2020. Esta empreitada foi batizada com o nome de Projeto Arcoverde.
Aqui no Estado do Rio de Janeiro temos quase 20% da nossa Mata Atlântica preservada. Lugares como a Reserva Biológica União e o Parque Nacional Serra dos Órgãos parecem estar fora de perigo. Mas o RJ já foi campeão brasileiro de destruição entre 1990-1995, hoje em dia parece ser um dos que menos desmata. Segundo a Fundação SOS Mata Atlântica nosso estado desmatou apenas 11 hectares entre 2012-2013 e 40 ha entre 2011-212, enquanto Piauí, Minas Gerais, Paraná e Bahia juntos desmataram 21.973 hectares, o equivalente a 92% de tudo que se desmatou nos 17 estados que abrigam a Mata Atlântica. Embora aparentemente nosso estado esteja de parabéns, vale à pena lembrar da "Vingança da Mãe Natureza" ocorrida em 2008, quando gaviões, jacarés e preguiças invadiram casas de moradores do subúrbio e Niterói, fugindo de queimadas ilegais.
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